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Estilhaça-me - Tahereh Mafi

  • Foto do escritor: Café com Capitu
    Café com Capitu
  • 1 de jul. de 2020
  • 2 min de leitura

Estilhaça-me de Tahereh Mafi foi publicado em 2012 aqui no Brasil com os selos "Ficção juvenil, ficção científica e romance". De fato, o livro carrega todos esses elementos, mas a todo momento, senti que a autora não soube trabalhá-los de forma conjunta.

Juliette é uma garota de dezessete anos que por toda a vida foi rejeitada porque, bastava um simples toque seu para destruir algo ou machucar e até matar alguém. Por isso, foi trancafiada em um manicômio e tudo muda após, um longo depois, chegar o misterioso Adam.

Quando vi que a história tinha tantos capítulos imaginei que o romance seria construído aos poucos, mas os capítulos são pequenos e em pouco tempo Adam e Juliette estão completamente rendidos e, mesmo que tenha uma "explicação" para a atração entre eles, ela não faz sentido e o romance fica completamente sem química.

A relação de Juliette com Warner, para mim, é superficial. Warner é obcecado por ela e, dá a entender que sente uma paixão. Isso também é justificado por Warner ter passado tanto tempo estudando Juliette, mas também é algo que, da maneira que foi colocada, não fez sentido.

Ainda sobre os dois: são completamente previsíveis, dá para saber como seus diálogos/ações começam e como irão terminar.

Eu não gosto de excesso de pensamento e poucos diálogos e nós primeiros capítulos isso não me incomodou. Com o passar das páginas isso começou a incomodar não pelo excesso mas por a) Juliette pensa toda hora a mesma coisa em todos os capítulos. b) As metáforas não fazem sentidos, dá a impressão que só foram jogadas ali em uma tentativa de deixar a narrativa poética, mas não teve sucesso.

O tempo todo parece que algo acontecerá e dará um "tcham" na história, mas esse momento não acontece, além de deixar uma sensação de que está dando muitas informações, mas que de nada servem porque você continua com a sensação que não sabe de nada. Acredito que isso seja porque há mais livros, mesmo assim, teria sim como dar mais informações sem deixar os outros livros sem história para contar.

Nos primeiros dez capítulos a autora apresenta uma boa história, mas que logo cai na mesmice, tornando-a chata, sem a adrenalina e emoção que histórias do gênero causam. Li e vi pessoas que tiveram experiências diferentes com essa história, algumas, tendo a opinião que persegue muitas sagas: depois do primeiro livro, melhora.

Pretendo ler os demais livros para saber se realmente, para mim, irá melhorar, porém, em minha opinião, livros devem agradar e prender o leitor desde o primeiro, até porque ele é um convite para aquele universo e ninguém quer ser mal recebido.




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